Editora: DarkSide Books
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Skoob: O Menino Que Desenhava Monstros
Sinopse: "Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome
de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai
de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo
de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem
querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela,
por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o
marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar. Não demora muito até
que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge
onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e
parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são
assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu
caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes
tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas,
janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais. Na superfície,
O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para
criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre
fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador."
Olá
pessoal, como vão vocês? Como foram de Outubro, mês das Bruxas, muitas
fantasias, doces e travessuras? Esse ano participei de um projeto de leitura
coletiva com o Grupo do Amor (um grupo no whatsapp só de blogueirinhos amor),
mas não consegui acabar o livro até ontem, e por isso a resenha só veio hoje,
me perdoem! Em homenagem ao mês e as festividades, o tema escolhido para as
leituras foi Suspense / Terror / Horror, e como eu morro de medo dessas coisas,
escolhi o livro O Menino Que Desenhava Monstros, que me pareceu um pouco mais
leve, um terror psicológico que eu fosse dar conta... Vem conferir a resenha e
ver o que eu achei!
Jack
Peter é um garoto de 10 anos com Síndrome de Asperger, um tipo de autismo que
afeta a capacidade de se socializar e de se comunicar com eficiência. Três anos
atrás ele e seu amigo Nick sofreram um "acidente" no mar e quase se afogaram, e
desde então o menino se tornou mais fechado e recluso. Desenvolveu uma agorafobia
aguda, não sai de casa a não ser que seja extremamente necessário, e nessas situações, conseguir trazê-lo para fora de casa é um grande sacrifício.
A
distração de Jack são seus jogos, que às vezes se tornam uma verdadeira
obsessão. Por um tempo são jogos de tabuleiro, depois batalhas e guerras com
bonecos, e enquanto Jack não enjoa, ele e Nick passam seu tempo juntos dessa
maneira. Nick é o único “amigo” de Jack, e por isso faz o possível para se dar
bem com o garoto, mas nem sempre sua
paciência ou compreensão são as melhores...
A
mais nova distração de Jack é desenhar monstros, e enquanto Nick se inspira nos
clássicos dos filmes, Jack traz coisas absurdas direto da sua imaginação. É uma
situação como todas as outras já vividas pela família, até que, afetados ou não
pelos desenhos, as pessoas a volta de Jack começam a ver e ouvir coisas
estranhas e inimagináveis... Seria alucinação, imaginação, ou algo mais? O medo
faz várias lembranças e segredos virem a tona, as pessoas começam a revelar o
que jamais esperavam, e aos poucos vamos percebendo que os verdadeiros monstros
podem estar escondidos dentro de nós.
Essa
foi uma resenha difícil de fazer, porque foi um livro difícil de ler. Sabe
quando você não consegue se conectar de verdade com os personagens, e não
consegue definir se está gostando ou não da história? Foi a minha sensação durante
toda a leitura. Nos últimos capítulos consegui me entender com a história,
desejar um final grandioso, e quando esse veio, foi um pouco, decepcionante.
Ao
logo da história, vamos conhecendo Jack, sua família e os amigos próximos. O
autismo de Jack o torna um pouco antissocial, em alguns momentos ele conversa,
interage, mas em outros ele “desliga”, e se torna completamente alheio ao que
acontece a sua volta. Seus pais tentam lidar com a situação de formas diferentes,
enquanto o pai acredita que a condição de Jack é só uma fase, vai melhorar, e
que ele pode exigir mais do garoto, a mãe tem suas ressalvas, acredita que Jack
precisa de ajuda profissional, e as vezes chega a ter medo dele (e o fato de
ele tê-la agredido em um dos seus ataques não ajuda muito). Ela as vezes
questiona seus sentimentos pelo menino, e isso a faz se sentir tão culpada, e
que ela começa a procurar ajuda na igreja.
A
medida que todos na casa começam a ver e ouvir coisas, os nervos vão ficando a
flor da pele e a realidade e imaginação começam a se misturar. Jack afirma o
tempo todo que os monstros estão rondando a casa, e mesmo não tendo explicações
para as situações estranhas, ninguém dá ouvidos ao garoto, até que Nick começa
a perceber que Jack desenhou alguns dos monstros e situações que o assustaram,
mesmo que não as tenha visto, e começa a perceber que o papel de Jack nessa história
pode ser muito maior do que todos imaginam...
O
final da história foi confuso, bem corrido, e na minha opinião, podia ser
melhor. O livro seguiu toda uma linha de raciocínio ao longo da narrativa, e no
final, muda para o oposto de uma forma não muito satisfatória. Eu me
surpreendi, isso é um fato, eu não esperava por algumas revelações, mas ainda
assim, elas não foram suficientes para me fazer gostar da conclusão da
história.
Dentre
todos os personagens, os que mais gostei foram Jack e sua mãe. Todos ali tem defeitos,
escondem seus “pecados”, mas pra mim, os dois são os mais reais, Jack por não
esconder suas imperfeições, e a sua mãe por seu defeito ser algo completamente humano,
e pela forma como ela tenta lidar com ele, achar uma solução. Todos os outros
são bem hipócritas na minha opinião, e não consegui gostar de mais ninguém.
A
edição da Darkside está linda como sempre, e no final do livro tem algumas
páginas em branco para que você possa desenhar os seus monstros.
Espero
que tenham gostado da resenha pessoal! Confiram aqui as outras resenhas
participantes do projeto Leitura Coletiva:
Beijos e até a próxima!