[RESENHA]: A Chama de Ember - Colleen Houck

 

Título: A Chama de Ember

Autor: Colleen Houck

Páginas: 336 Páginas

Ano de Publicação: 2019

Editora: Arqueiro

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Sinopse: "Quinhentos anos atrás, Jack fez um pacto com um demônio e acabou condenado a uma eternidade de servidão. Como um lanterna, seu único dever é guardar um dos portais que levam ao reino imortal, garantindo que nenhuma alma se infiltre onde não é bem-vinda. Jack sempre fez um excelente trabalho... até conhecer a bela Ember O’Dare. Há tempos, a bruxa de 17 anos vem tentando enganar Jack para atravessar o portal. Insistente, sem temer os alertas dele, Ember enfim consegue adentrar a dimensão proibida com a ajuda de um vampiro afável e misterioso, e então tem início uma perseguição frenética através de um mundo deslumbrante e perigoso. Agora Jack precisa resgatar Ember antes que os universos terreno e sobrenatural entrem em colapso e se tornem um caos."


Conheci a escrita da Colleen com a série A Maldição do Tigre, minha entrada nas fantasias românticas e confesso que apesar de não ser fã de triângulos amorosos, eu gostei muito da história; tanto que quando ela lançou uma nova trilogia, O Despertar do Príncipe, abordando a cultura egípcia, eu fiquei super empolgada e me joguei de cabeça... belo erro. A história não funcionou pra mim, e fiquei levemente traumatizada com a autora.


Por esse motivo, quando vi o lançamento de A Chama de Ember a indecisão me invadiu. Metade de mim queria tirar a prova, saber se essa experiência seria positiva como a primeira ou negativa como a segunda, mas a outra metade não queria se arriscar com a autora novamente. Fiquei exatamente um ano com o livro na estante esperando o momento certo de lê-lo, e esse momento finalmente chegou. Ainda bem que eu esperei, e ainda bem que eu li!


Diferente das publicações anteriores da autora, A Chama de Ember é um livro único, o que já foi um ponto positivo. A autora criou um universo onde existem dois mundos, o dos humanos e o "outro lado", onde moram todas as criaturas mágicas como lobisomens, vampiros, bruxas e etc; esse outro mundo é uma mistura steampunk com a mitologia do Halloween, o que foi algo bem inusitado pra mim. 


Para quem não conhece, Steampunk é definido como "um subgênero da ficção científica que se tornou conhecido entre o fim dos anos 1980 e início dos anos 1990. O estilo se trata de obras ambientadas no passado, ou num universo fictício semelhante a uma determinada época real da história humana, onde os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real, porém foram produzidos através da ciência disponível naquela época - como, por exemplo, computadores de madeira e aviões movidos a vapor. O subgênero é frequentemente associado ao futurista cyberpunk." (Fonte: Infoescola).


Nesse universo conhecemos Jack, um lanterna que tem a missão de vigiar uma encruzilhada onde esses dois mundos se encontram, e não deixar ninguém atravessar para que os mundos não se misturem. Acontece que Jack identifica uma bruxa muito poderosa no mundo dos humanos, a criança de nome Ember, mas Jack se afeiçoa a ela e não consegue mandá-la para o outro mundo. Assim, ele começa a acompanhar a vida de Ember, até que ela completa 17 anos.


Ember é uma bruxa poderosa, porém sem treinamento. Viveu desde sempre no mundo dos humanos, mas sempre sentiu a presença de Jack e teve curiosidade para conhecer o outro lado, coisa que ele nunca permitiu. Mas a curiosidade e o "chamado" que ela sente pelo outro lado se tornam cada vez mais forte, e quando um belo vampiro misterioso aparece no mundo dos humanos e se oferece para levá-la ao outro lado, Ember não pensa duas vezes e resolve embarcar nessa aventura.


Foto: Instagram @anaentrepaginas


Em primeiro lugar gostaria de salientar que esse é um livro juvenil, então não demos esperar romances densos, personagens profundos, a história não é assim. Da mesma forma, seria pedir muito esperar que um livro da Colleen não tivesse um triangulo amoroso, parece ser a marca registrada dela. Colocando todas essas ressalvas e lendo a obra como ela é, uma fantasia juvenil, posso dizer que gostei da leitura.


Jack é a representação do cavaleiro sem cabeça. Quando novo fez um pacto e vendeu a sua alma para salvar seu vilarejo, e ele "trabalha" como guardião da encruzilhada. Acompanhar a vida de Ember faz com que ele desenvolva sentimentos por ela, mas ele leva seu trabalho muito a sério e demonstra seus sentimentos bem pouco, de forma mais carinhosa que apaixonada.


Já Ember foi um pouco decepcionante. Ela é poderosa mas não tem ciência ou controle do seu poder, e apesar de ter 17 anos parece ter bem menos, tem muitas atitudes infantis ao longo da história, e não consegue ser uma protagonista muito forte.


Dev, o vampiro bonitão e terceiro membro do nosso triangulo consegue ser charmoso, ter planos obscuros mas sem ser o badboy sabe? Esse é o outro ponto diferente nesse triangulo, temos dois personagens masculinos que apesar de ter suas diferenças lutam pela atenção da Ember de forma gentil, o que torna a história mais leve.


O universo fantástico e os personagens secundários roubam a cena na história. Principalmente o melhor amigo de Ember, que é outro que tem uma quedinha pela Ember, mas sua inteligência e imaginação roubam a cena.

O início do livro tem um ritmo mais lento, são muitas descrições para que possamos entender todo o contexto, e devo ressaltar que a imaginação da autora foi longe viu? Mas do meio em diante o ritmo dos acontecimentos acelera muito e a conclusão é até surpreendente.


Colleen ainda não é uma das minhas autoras preferidas, mas com certeza A Chama de Ember tirou a má impressão que a trilogia dos príncipes deixou, e com certeza lerei outras obras da autora.

Comentários
1 Comentários

Um comentário :

  1. Olá Ana, tudo bem?
    A trama de "A Chama de Ember" parece interessante, fiquei curiosa para conhecer melhor, a história do cavaleiro sem cabeça.

    *bye*
    Marla
    https://loucaporromances.blogspot.com/

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